Coração de celebração na casa dos Israelitas damos graças por este homem que se levanta por liberdade redenção internacional repatriação sempre reto e honorável João Marcus I Selassie I Jah RastafarI Deus terremoto inspirado pelo próprio altíssimo o verdadeiro caráter de integridade na retitude de salvação Sagrado Emmanuel I Selassie I Jah RastafarI
Marcus Garvey, é o mais alto Profeta para todo o Movimento Rastafari, é guia e exemplo para Eu e Eu, como para tudo africano e para qualquer que lute pela igualdade e justiça. Não só pela sua profecia mais transcendente, pois é possível afirmar que ele foi o líder africano de fora de África mais importante e influente dos últimos tempos. Foi um dos maiores lutadores anticolonialistas da história e iluminou como poucos o caminho de liberação às raças, nações e povos oprimidos do mundo. Especialmente, o caminho de emancipação do povo Preto que foi trazido escravo a estas terras e disperso pelo branco opressor, devolvendo a toda sua raça, sua dignidade e honra de ser homens e mulheres africanos e seu orgulho de serem Pretos. “África para os Africanos, em casa e no estrangeiro”, afirmava. Marcus, nasceu no dia 17 de agosto de 1887, na baía de Santa Ana Jamaica, no seio de uma família cristã, de africanos que tinham uma boa situação cultural e econômica para a época. Teve bons exemplos no seu lar: a mãe, muito crente e trabalhadora; o pai, muito resolvido e amante da leitura. Além disso, pôde assistir à escola onde se destacou como aluno e também conseguiu trabalhar na imprensa de seu avô, onde aprofundou sua formação intelectual e desenvolveu sua consciência racial. “Estava muito orgulhoso de ser Preto. Sempre levava um dicionário de bolso e dizia que se aprendia três a quatro palavras diárias e quando estava na sua estância escrevia um ou dois parágrafos utilizando essas palavras.”, assim o descrevia um amigo desses tempos
Quando concluiu vinte anos, Garvey começou sua missão pelo progresso cultural e material dos africanos, editando seu primeiro jornal e em 1910, participando da diretiva de uma das primeiras organizações políticas de Negros, na Jamaica. Posteriormente começou suas viagens pela América Central, a América do Sul, incluído o Chile e a Europa, Garvey foi proibido de entrar no Brasil pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas, estas viagens e não viagens determinaram seu pensamento e ação: “Ao voltar simplesmente incansável para poder obter a oportunidade de fazer algo pelo progresso da minha raça, tomei a determinação que o homem Preto não continuara sendo pisoteado de um lado a outro pelas demais raças e nações do mundo, como tinha presenciado nas Indianas Ocidentais, a América do Sul e Central, e a Europa; em segundo tinha lido sobre isso nos Estados Unidos. Minha jovem mentalidade me produziu vôos de grande imaginação. Depois vi ante mim, da mesma forma que vejo agora, um mundo novo de pretos; não peões, serventes, cachorros nem escravos, se não uma nação de homens tenazes que impressiona à civilização e faça com que uma nova luz se ponha no horizonte de uma nova raça humana.” Com toda essa força, experiência e visão, Marcus Garvey de retorno à Jamaica, cria a UNIA (Associação Universal para o Melhoramento do Negro) em 1914, a qual declarava: “A culminação de todos os esforços da UNIA devem finalizar em uma nação preta independente no continente africano”. A UNIA , sem dúvida nenhuma, foi a organização internacional de homens Pretos mais numerosa e importante da época colonial, com milhões de membros pela América Central, todo Caribe e os Estados Unidos, e foi uma das mais completas organizações que já existiu onde uma raça ou de um povo disperso, na história moderna do mundo. É surpreendente a quantidade e diversidade de atividades que desenvolveu a UNIA , que realizava suas reuniões em massa nos chamados Salões da Liberdade. Nas seguintes citações do historiador africano Rupert Lewis, consegue-se compreender seus alcances: “As atividades incluíam debates; conversações com marinheiros, mercadores, profissionais, estudantes, reuniões itinerantes; campanhas de recrutamento; aulas de costura; bailes e concertos”; “Portanto, a UNIA , durante seu período de máximo esplendor, possuía vida religiosa, educacional e social independente. Muitos casais que se conheceram através das atividades da UNIA (como sucedeu com Garvey e suas duas esposas), se casaram com “a bênção” da organização; seus filhos se chamavam “crianças da UNIA” ou “crianças Garvey”; e em Nova York, se emitiam certificados de nascimentos da UNIA”. Que além disso contava com a Cruz Negra e o Exército Motorizado, composto por mulheres e a Legião Africana , um corpo de guarda-costas e grupos de autodefesa (contra o Ku Kux Klan e outros racistas) compostos pelos homens. Estes exemplos continuam demonstrando-nos que podemos emancipar-nos e com nossas próprias mãos construir o necessário para trabalhar, educar-nos, assistir-nos, defender-nos e autogovernar-nos. Foi através dos planos industriais da UNIA, que Garvey em 1919, nos Estados Unidos, lança seu projeto mais simbólico e formoso: a BLACK STAR LINE (Linha Estrela Preta). A primeira frota barqueira de africanos que se organizavam para retornar a África, instalando-se no coração e na mente dos africanos fora de África, como dos dispersos das Tribos de Israel e de todas as raças, um propósito: REPATRIAÇÃO. “Foi uma manhã de Abril, talvez de 1921, eu tinha 8 ou talvez 6 anos, o navio chegou ao amanhecer, quando vi esse primeiro navio havia muita gente e com emoção gritavam agitados: São os navios que nos levarão de retorno à África! São os vapores da Black Star Line! Minha avó me levava de mãos dadas íamos lentamente enquanto os demais corriam ao dique cantando os hinos de Marcus Garvey, eu estava muito nervosa pois havia muita gente e devido a isso, minha avó e eu não pudemos ir mas rápido.” Lembra ainda Iris Bruce, uma senhora de 91 anos de Porto Limão, Costa Rica. O projeto da BLACK STAR LINE que chegou a ter quatro navios e que incluía praticamente todo o desenvolvimento comercial entre todos os povos pretos do mundo, fez com que o governo norte americano planejasse um plano contra os objetivos de Garvey: primeiro foi um atentado a bala e depois foi falsamente acusado de sonegação de impostos e preso por quase três anos e depois deportado em 1927. Apesar de toda esta brutal campanha e do fracasso econômico da companhia barqueira, ao zarpar o primeiro navio da mítica BLACK STAR LINE, começou mentalmente o movimento do povo de JAH, em um caminho de liberdade e Redenção e Internacional Repatriação para suas raízes ancestrais, originárias, para voltar a ordem natural, que o europeu destruiu com suas invasões e conquista. Marcus, nos ensinou ¬à humanidade com esse profético exemplo, que temos que retornar cada um a suas próprias raízes e que temos o direito a desenvolver-nos e viver em nossa própria ancestral cultura, em nossas próprias terras ancestrais, “Um povo sem conhecimento de sua história, origens e cultura, é como uma árvore sem raízes”. Sagrado Emmanuel I Selassie I Jah RastafarI.“Um propósito, um Deus, um Destino”, era o lema da UNIA e de seu jornal internacional fundado e dirigido por Marcus Garvey, The Negro World, com sede na cidade do Harlém nos EUA e que se editou desde 1918 até 1933. Este jornal foi a mais importante publicação de Marcus, que alcançou uma tiragem de 200.000 exemplares chegando até as costas de África, onde era lido várias vezes a atentos mensageiros africanos, que se aprendiam o conteúdo e depois corriam cada um a sua aldeia para dar as notícias. Este jornal influenciou em massa e vivamente na consciência de raça dos africanos das colônias européias e da própria África, na sua luta por dignidade, igualdade, direitos e independência, por isso não só se proibiu sua circulação, inclusive em uma colônia francesa se chegou a penalizar com a morte! o fato de possuir um exemplar. “Nunca você deve deixar de aprender, os mais grandes homens e mulheres do mundo foram pessoas que se educaram a si mesmas fora das universidades, com todo o conhecimento que a universidade dá. E você tem a oportunidade de fazer o mesmo que os estudantes da universidade fazem: ler e estudar”. Garvey promovia o estudo, o conhecimento e a cultura, pois sabia que a educação do homem Preto, lhe daria uma liberdade duradoura, entendendo que o branco opressor sustentava seu domínio, ao manter aos Pretos e a todos os oprimidos, na ignorância, a mentira e a confusão. Por isso ele mesmo se preocupou sempre de transmitir o saber e a informação, correta e massivamente. De fato, como era de se esperar em um Profeta, possuía o dom da palavra e o som, um jornalista em 1921, escrevia: “Marcus Garvey fala com singular eloqüência. Pode dizer-se que domina a arte da palavra, e que exerce um estranho encantamento no seu auditório. Pode fazer-lhes rir, chorar e afetá-los emocionalmente, segundo deseje”. E é assim, quase noventa anos depois, escutar seus discursos segue eriçando a pele, realmente são palavra, som e poder. Quando voltou à Jamaica, depois de ser deportado dos EUA, se dedicou principalmente ao desenvolvimento da cultura em todas suas formas. Reconhecido é seu trabalho não só como promotor das artes, mas também como artista, no Edelweiss Park, que desde 1929 “…se transformou no centro político cultural mais importante para o povo preto da ilha…”, como Lewis assinala. Ali se apresentaram, pelo menos 3 obras de teatro escritas por Garvey, que já era conhecido pelos seus poemas.Em Novembro de 1930, ante o cumprimento da profecia, Marcus Garvey envia à Etiópia um telegrama a nome da UNIA, cumprimentando a coroação de Haile Selassie I e no editorial da revista Black Man desse mês, se lia: “O salmista profetizou que os príncipes saíam do Egito, e a Etiópia abriria suas mãos a Deus. Não nos fica nenhuma dúvida que esse momento chegou. Agora a Etiópia abre na verdade suas mãos. Este grande reino do Leste, esteve oculto por muitos séculos, mas gradualmente se levanta para ocupar um lugar primordial no mundo e fica a nós, os da raça preta, ajudar a manter alta a cabeça do Imperador Ras Tafari”. Também, a princípios dos anos 30, Garvey apoiou aos sindicatos e as lutas dos trabalhadores da ilha e seguiu esforçando-se para manter e levantar a UNIA, que estava longe de ser a grande organização de Pretos de havia sido à 10 anos e seguiu, pelo seu posto, dando seus eloqüentes discursos em massa. Assim passou esses anos na Jamaica até sua viajem para Londres, em 1935, para dirigir as Sedes Sociais Internacionais da UNIA , que se tinham transladado para lá. Desde a Inglaterra, seguiu igualmente realizando suas viagens e um de seus últimos trabalhos, foi fundar e dirigir a Escola de Filosofia Africana da UNIA, em 1937, que formava líderes Pretos.
Neste período acontece a invasão fascista romana à Etiópia encabeçada por Mussolini e foi permanente o apoio de Marcus Garvey à resistência etíope, como também sua crítica ao uso da guerra por parte de Vossa Majestade Imperial, Haile Selassie I e à atitude da Igreja Copta Etíope. Como Profeta que era, sempre desenvolveu uma personalidade muito forte, com muita autoridade, fazendo-lhe ver seu desacordo e corrigindo inclusive, ao Rei e ao os Sacerdotes. Essa mesma atitude e segurança na sua missão, o transformaram em um inimigo do opressor colonialista branco, que o considerava um perigoso Preto radical, da esquerda e dogmático, que entre outras coisas interpretava o conceito do Nacionalismo Preto de Garvey, acusando-lhe de direitista ou reformista, no melhor dos casos. Lamentavelmente, em junho de 1940, um ano antes do triunfo da guerra de liberação da Etiópia, encabeçada por Haile Selassie I, o Honorável e sempre reto, Marcus Mosiah Garvey, partia a Sião, depois de passar quase um ano doente na Inglaterra. “Tomou aproximadamente 25 anos, para que a Jamaica reconhecesse oficialmente sua influência no destino Preto e declará-lo Herói Nacional. Nesse momento seus restos foram levados à Jamaica e enterrados no Parque Nacional dos Heróis.” Para concluir um extrato de um de seus discursos, pronunciado em 1922, no Salão da Liberdade de Nova York: “A pergunta freqüentemente formulada é: o que é que se necessita para redimir uma raça e libertar um país? Se é necessário o poder do homem, se é necessário inteligência científica, se é necessário educação de algum tipo, ou se é necessário sangue, então os temos nos 400 milhões de Pretos do mundo.” O homem de caráter genuíno é o grande construtor. Ele não só é um construtor de si mesmo, mas, de acordo com as suas oportunidades, ele constrói seu ambiente. Ele constrói seu meio ambiente, ele constrói sua comunidade, ele constrói seu país, e algumas vezes, ele ajuda a construir um mundo. Marcus I Selassie I Jah RastafarI